Cem anos de glórias, gravadas no peito
E não tem mais jeito eu sou verde e branco
Respeite o meu manto, meu trevo imortal
O meu camisa é muito mais que especial
Axé, a barra funda pisa forte na avenida
Sou quilombola, sob a proteção de obatalá
Lutei por justiça e igualdade
Oprimido, vi meu povo desfilar
Firmei o ponto lá no largo da banana
Eu fiz batuque para o meu cordão passar
Ogunhê meu pai
Na tua espada reluziu meu pavilhão
Sublime, perfeito cenário
Pra ser campeão do IV centenário
Gira baiana, levanta poeira
Te exalto em meus versos, madrinha mangueira
Dormi em teus braços, óh nega fulô
Mas é você narainã meu grande amor
Louco, o rei do ouro das minas gerais
Mulheres guerreiras e seus ideais
Boêmio eu sou
Enchi a cara de cachaça e pendurei
Na saída do metrô eu recordei
Inesquecíveis carnavais
Vem loirinha, alterar o meu astral
Numa linda serenata ao luar
Vem pra ser meu talismã
Salve nossos bambas imortais
O nosso orgulho verdadeiro
De janeiro a janeiro